sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Adeus Sertão



(Foto : Julieta)

Eis a sede ,
Tem terra na cama
Pés cansados e mãos calejadas
Choro da criança,choro da mãe, choro do Sertão
Lamento das águas
Sol do meio dia
Fome de cores
Ausência de sombra
Olhar sofrido , de quem já viveu muito
Dúvidas secas
Corações sangrando
O clamor :
" Oh meu Padim Cisso aliviai ! "
Seu Tião carregando a tralha
Dona Sebastiana olhando para cada canto da casa
A fome , a sede , a miséria diziam ser coisa do passado
Novos rumos agora
No burrinho magro tralha , farinha ,Tião Filho , e a esperança que agora nasce desenfreada.

Noutrora seriam felizes !

(Clara Lopes)

2 comentários:

  1. típico poema mineiro!!bom d+
    Obs:minha mae chama Sebastiana..kkkk
    ô saudade dessa roça,sertão onde as horas são bem aproveitadas,chero da terra,das aguas,canto dos passaros.heheehhee

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  2. Só quem já viu a realidade sertaneja escreve poemas assim. Adorei!

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