quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Deserto




Talvez o amor tenha se descuidado, e sem querer invadido meu ser como um vírus que devasta e deixa o organismo em chamas. Meus anticorpos, perderam o costume de espantar. Tantos anos sem correr por ai, nada lhes causava medo, nada era ameaçador. Nada! Absolutamente nada me fazia suspirar pelo cantinho do mundo. Fui morar no meu silêncio poético. Fui viver de sequidão, de coisas razas e de vazio. Nada me fazia ver poesia no andar desengonçadinho dessa formiguinha que sobe agora com muito esforço no meu joelho.
Ai você veio.

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