Não precisamos pegar o próximo trem, Alphonse.
Não precisamos nos preocupar em como os ponteiros dos relógios, se rodopiam apressados.
Não precisamos gritar para ouvir o eco voltar sozinho, vazio dele mesmo
Não precisamos pensar no depois, no antes, sequer no agora
Não precisamos de nada que venha com peso, tudo tende a ser leve, agora.
Não precisamos tomar esse café frio, fiquemos mais 5 minutos aqui, mesmo que assim, em silêncio.
Não precisamos das palavras.
Ouçamos apenas o teu silêncio conversar com o meu.
Não corra para pegar o trem, Alphonse. Eu estarei na próxima estação.
Esqueça as malas. Seus olhos são as únicas bagagens de que preciso.
Não precisamos olhar o relógio, meu Alphonse.
Até mesmo os ponteiros vivem em par.
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