domingo, 5 de julho de 2015

Sobre cerveja, chips e ketchup

Ontem fui abraçar de verdade um amigo de fevereiro de 2013.
Nossos olhos nunca haviam se cruzados sem a interferência de uma tela fria e vazia do computador. Foi difícil pronunciar seu nome, senti um gosto infantil na boca de quem tateia cuidadosamente as palavras e aquele medo gago de quem pronuncia um nome pela primeira vez. Cerveja, chips, ketchup e aquela mesa matematicamente organizada. Me esparramei no sofá e abraçando uma almofada TIREI MEUS SAPATOS, como a muito tempo não fazia. Me despi do medo e fui Clara em frente a ele. Rimos, escutamos Engenheiros, mais cerveja, mais brinde, mais eu. Foi reconfortante descansar das coisas nessa noite com meu amigo de 2013. E alí, docilmente ele me fez mais Clara, me devolveu um pouco de mim e com doses generosas de olhar sem julgamento, matava minha sede de vida. Cerveja, meu amigo de 2013, chips, ketchup e um gosto terno de felicidade eterna em umas duas ou três horas.

Duas certezas, depois de ontem:
 *"Às vezes é bom deixar a armadura em casa. Sair nu sem a preocupação de se ferir."  
* Se perder nos olhos de alguém é caminho.

Gratidão.
Com carinho, Sua amiga de fevereiro de 2013

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