quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Querida Luana,

 Desculpe se pareço intrometer em uma historia que não me pertence. Eu sempre achei mais fácil escrever sobre o amor dos outros. Luana, minha querida, precisamos entender algumas coisas. Já se olhou no espelho hoje? Quero propor-lhe um processo de perdão a si mesmo. Se perdoe pelo tempo que esqueceu de ser protagonista de sua própria historia. Eu entendo, de todo o meu coração. É altamente compreensível que você prefira viver o mundo do outro. Eu entendo quando em prantos, seu peito corrói por estar caminhando sozinha. É necessário que saiba, assim mesmo por palavras deitadas em um papel, você precisa desse tempo de deserto. Você precisa abraçar primeiramente o seu dom da singularidade, de ser um, para depois pensar em somas. Talvez você tenha deixado um pouco de ti pelo caminho, mas eu preciso muito dizer, você é linda. Eu sei, você não acredita. Se ao menos você pudesse se ver... Estou aqui, pronto para emprestar meus olhos.

Com amor,
Otávio.

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