segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Chorinhos e Valsinhas

Não gosto que usem o meu Maria Clara. Sou melhor Maria ou Clara. Não os use grudadinhos, per favore! Do contrário, vou achar que está me xingando ou chamando minha atenção. Já tive sérios problemas com a distância. Mas aprendi que saudade é amor, não o inverso disso. Se amo sinto saudades. Simples assim! Gosto muito de pessoas e das historias que elas trazem. Adoro observar quando elas deixam escapar pequenas solidariedades. Sofro todas as vezes que dou um bom dia ao trocador e ele não responde. Gosto de fotos 3x4, de Veneza, de Manga e de Montes Claros. Eu poderia passar a minha vida, assistindo Amelie Poulain. Minha poesia preferida é O Haver, de Vinicius. Eu moraria nas miudezas de Manoel De Barros com a máxima certeza que possuo. Eu ainda escrevo cartas e mensagens no meio da madrugada. Só escrevo escutando música. Só tomo banho escutando música. Só durmo quando há música. Tenho sérios problemas com rótulos, eu decididamente os detesto. Por muito tempo eu fui a Julieta. Sim, a Capuleto. Mantive todas as minhas poesias em segredo em gavetas e folhas esquecidas. Depois fui Eleanor Rigby e finalmente comecei a postar meus escritos na internet. Meu primeiro blog foi o Grão de Pólen e teve fim porque fiz questão de esquecer a senha. Meu segundo blog, foi o Rosa Efémera, onde recebi o convite do escritor Rui Fernando, para publicar meu primeiro livro. In Versos, uma coletânea de poesias minhas e dele. Eu tenho vício por mãos. Tenho medo de mentiras, de pessoas amargas, armas, toxinas e dos seres que se tornam menos humanos em busca desesperadora por vagas, promoções e primeiros lugares. Quero ser mãe da Diana. Eu sinto. Sinto demais. Tudo, absolutamente tudo me consome e devasta tudo que tenho por dentro. Gosto de observar as estrelas. Meu desenho preferido é Arnold, cabeça de bigorna. Acredito fielmente em Deus. Leio imaginando vozes. Quero conhecer o México. Não fumo. Eu bebo. Não finjo. Sou filha de músico. Um músico poeta. Um músico poeta, tocador de sonhos e estrelas. Filha de professora, feita também de acordes e poesias. Poesia e música decididamente se confundem no meu DNA. Minha irmã, Mari, é a mais velha e mais legal. Dona da risada mais alta, e deliciosa e do mundo. Estudo Publicidade e Propaganda, e sou apaixonada pelo curso. Já tentei outras coisas, mas só nesse curso consegui ser eu. Assumi meus cachos e isso significou assumir minhas raízes, minha identidade. Escrevi esse texto pela primeira vez em 2011, e todos os anos eu mudo tudo. Um amigo uma vez disse: " Ninguém acorda José todos os dias." E que belo é isso. Isso de poder se reescrever todas as manhãs. E olha, eu lhe desejo o mesmo.

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