Cartas para Paulo I
Meu caro amigo, acalme sua alma.
Eu quis
escrever, mas muitas vezes hesitei. É que no fundo essa sede dolorosa me
acaricia a face, e da sua tortura me chove palavras. Mas saiba, caro amigo, no
campo em que combate, a guerra já chegou ao fim. Ela finda em
corações que aguam rosas. Seu jardim é lugar seguro, sua eterna completude. O
gosto amargo que sinto, é falta de jardim, e é por isso que ainda vivo em campo
de concentração.
Um abraço,
Ana
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