terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ode a inquietude

Cartas para Paulo I

Meu caro amigo, acalme  sua alma.
Eu quis escrever, mas muitas vezes hesitei. É que no fundo essa sede dolorosa me acaricia a face, e da sua tortura me chove palavras. Mas saiba, caro amigo, no campo em que combate, a guerra já chegou ao fim. Ela finda em corações que aguam rosas. Seu jardim é lugar seguro, sua eterna completude. O gosto amargo que sinto, é falta de jardim, e é por isso que ainda vivo em campo de concentração.

Um abraço,
Ana

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