quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Chorinhos e Valsinhas

Apesar de admira-lo eu não me dou muito bem com o sol. Adoro quando ele me toca, mas isso resulta em pelo menos alergia em todo o corpo. Não gosto que usem o meu Maria Clara. Sou melhor Maria ou Clara. Não os use grudadinhos, per favore! Do contrário, vou achar que está me xingando ou chamando minha atenção. Já tive sérios problemas com a distância. Mas aprendi que saudade é amor, não o inverso disso. Se amo sinto saudades. Simples assim! Gosto muito de pessoas e das historias que elas trazem. Adoro observar quando elas deixam escapar pequenas solidariedades. Quando menina, sonhava em casar na praia com uma coroa de flores. Sofro todas as vezes que dou um bom dia ao trocador e ele não responde. Gosto de fotos 3x4, de Veneza, de Manga e de Montes Claros. Eu poderia passar a minha vida, assistindo Amelie Poulain. Minha poesia preferida é O Haver, de Vinicius. Eu moraria nas miudezas de Manoel De Barros com a máxima certeza que possuo. Eu ainda escrevo cartas e mensagens no meio da madrugada. Só escrevo escutando música. Só tomo banho escutando música. Só durmo quando há música. Tenho sérios problemas com rótulos, eu decididamente os detesto. Por muito tempo eu fui a Julieta. Sim, a Capuleto. Mantive todas a minhas poesias em segredo em gavetas e folhas esquecidas. Depois fui Eleanor Rigby e finalmente comecei a postar meus escritos na internet. Meu primeiro blog foi o Grão de Pólen e teve fim porque fiz questão de esquecer a senha. Meu segundo blog, foi o Rosa Efémera, onde recebi o convite do escritor Rui Fernando, para publicar meu primeiro livro. In Versos, uma coletânea de poesias minhas e dele. Eu tenho vício por mãos. Tenho medo de mentiras, de pessoas amargas, armas, toxinas e dos seres que se tornam menos humanos em busca desesperadora por vagas, promoções e primeiros lugares. Quero ser mãe da Diana. Eu sinto. Sinto demais. Tudo, absolutamente tudo me consome e devasta tudo que tenho por dentro. Gosto de observar as estrelas. Meu desenho preferido é Arnold, cabeça de bigorna. Acredito fielmente em Deus. Leio imaginando vozes. Quero conhecer o México. Não fumo. Não bebo. Não finjo. Sou apaixonada pelas canções dos Beatles. Tenho um amor pelo humano que o George foi. Sou filha de músico. Um músico poeta. Um músico poeta, tocador de sonhos e estrelas. Filha de professora, feita também de acordes e poesias. Adoro o cheiro da minha mãe, ela cheira a incenso, e se eu pudesse traduzi-la em som, a minha mãe seria Joan Baez. Poesia e música decididamente se confundem no meu DNA. Minha irmã, Mari, é a mais velha e mais legal. Dona da risada mais alta, grossa e deliciosa e do mundo. Mari, é da causa dos animais, e isso é lindo. Estudo Publicidade e Propaganda, e sou apaixonada pelo curso. Já tentei outras coisas, mas só nesse curso consegui ser eu, sem que meus colegas me enxergassem como uma estranha. Escrevi esse texto pela primeira vez, em 2011, e todos os anos eu mudo tudo isso. Um amigo uma vez disse: " Ninguém acorda José todos os dias." E que belo é isso. Isso de poder se reescrever todas as manhãs. E olha, eu lhe desejo o mesmo.

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