Entre xícaras esmaltadas
Flores e sementes secas
Sabinos nas prateleiras
Santos eternizados em argila
Poesias empoeiradas de fazer desaguar os olhos
Francisco mora ali
Debaixo daquela árvore corcunda
Entre esse Sol do meio diaNesse café gélido e tímido
Nas generosas curvas desses cachos
No dançar ensaiado das persianas pálidas
Francisco mora ali
Na clarear das manhãs
No tom avermelhado do cair da tardeNo fazer sol em noites escuras
Dançado em par com a saudade de tudo, de tudo...
Francisco mora ali
Ali, onde o canto dos passarinhos tem lugar na mesa
Onde as paredes são emolduradas pelos nós de garganta
Onde tudo começa e termina em saudade
Francisco mora bem ali,
Francisco é meu lar de saudade.
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