sexta-feira, 31 de julho de 2015

Es - correndo

E você cruzou a porta.

Despediu-se e disse que tinha sido lindo estar ali. Encolhi o máximo que pude, abracei minhas pernas e com um grito mudo, chorei. Chorei como a muito tempo não chorava. Chorei um choro infantil, meio gago, esqueci como faze-lo. Meu rosto inundou-se rapidamente daquela chuva salgada. Os nós na garganta dançavam em par. Chorei um choro de amor, um choro de saudade, um choro de: eu queria poder faze-lo ficar, mas não posso.

Não por hoje.

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